As escolas municipais de Sobral realizaram, de 13 a 20 de maio, a “Semana da Escuta das Adolescências”, uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com as redes de ensino municipais, estaduais e distrital. Participaram da ação estudantes dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) de 24 escolas municipais.
A Semana da Escuta é uma ação estratégica que busca conhecer, de forma mais aprofundada, os estudantes dos anos finais do ensino fundamental, com enfoque em dimensões conectadas à aprendizagem, ao clima e à convivência, à inovação e à participação, para assim fortalecer a etapa de ensino.
"A Semana da Escuta da Adolescências é muito importante porque a gente não faz educação sem a participação ativa dos estudantes, e proporcionar esses espaços de fala para que eles expressem sobre como estão enxergando a escola e as possibilidades que eles têm é um momento muito rico", pontuou Jamile Barbosa, orientadora educacional da Escola em Tempo Integral Maria José Ferreira Gomes.
As escolas municipais realizaram ações como rodas de conversa, produções de cartas, laboratórios de soluções “mão na massa” para desenvolvimento do trabalho em grupo, e dinâmicas pedagógicas, além de aplicarem um questionário quantitativo aos estudantes. O questionário era composto por 14 perguntas, onde os estudantes pensaram sobre a escola e identificaram pontos que poderiam ser melhorados.
"Ter esses momentos em que nós somos ouvidos e também podemos ouvir os nossos colegas, é muito bom, porque a gente consegue se ajudar. Foi um momento emocionante para mim e para a minha turma, e no final, a gente se mostrou uma turma muito unida, por isso é tão importante colocar esse momento de escuta nas escolas. Assim como matérias como Língua Portuguesa e Matemática são importante, o momento de ouvir também é, e ajuda em nossa educação", comentou a estudante da Escola em Tempo Integral Maria José Ferreira Gomes, Maria Júlia Silva.
Em abril, o MEC, junto de parceiros, organizou dois webinários preparatórios para a “Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas”. Os encontros contaram com a participação de especialistas, gestores de redes de ensino, gestores escolares, professores e adolescentes, que compartilharam suas experiências.
Além disso, foram apresentados os instrumentos da escuta, os quais são diferenciados para 6º e 7º anos e para 8º e 9º anos, a fim de fomentar que os estudantes sejam envolvidos no diagnóstico do território e na criação e implementação de soluções.
"A gente se organizou aqui na escola de modo que todos os estudantes pudessem passar por pelo menos duas horas de escuta, e a maneira que nós escolhemos de conduzir esse momento foi por meio de círculos de diálogos, que são processos riquíssimos para o favorecimento da oportunidade da fala e da escuta. Foi muito bacana, e os estudantes se envolveram bastante", finalizou Jamile Barbosa.